15 junho 2011

QUE BOM, QUE PENA, QUE TAL

As crianças do Curumim Campinas podem dar suas opiniões sobre o que está rolando e sugerir coisas todos os dias nas rodas de conversa. Porém, existe mais um meio delas expressarem suas opiniões, o QUE BOM, QUE PENA, QUE TAL. Nestes bolsinhos coloridos as crianças podem colocar o que acharam legal e bacana no QUE BOM, o que não gostaram ou ficaram chateadas no QUE PENA e sugerir atividades que gostariam de realizar no QUE TAL. Ah, ainda tem o correio, onde as crianças podem mandar recadinhos para os colegas da outra turma.






12 junho 2011

Destaques de maio

Neste mês a galerinha do Curumim precisou de fôlego, pois o que não faltaram foram brincadeiras de correr. Foi muito divertido, confira os nossos destaques!

Cine Curumim


Em maio assistimos os Saltimbancos Trapalhões. As crianças curtiram ver o Renato Aragão e o Dedé Santana bem novinhos, e acharam o Mussum e o Zacarias muito divertidos. As palhaçadas dos quatro amigos provocaram várias gargalhadas e as crianças perceberam que o filme era bem diferente dos filmes atuais.
Eles disseram que os carros que apareceram eram muito antigos e que a imagem era “riscadinha”. O Ângelo falou que hoje a imagem é de alta definição, que as câmeras e lentes são muito modernas e por isso, melhores que as de antigamente.
O Pedro Augusto achou que o filme “tinha tudo a ver com o tema do Curumim, mostra o circo e as palhaçadas”. Além disso, ele acha que o Renato Aragão devia parara de fazer a Turma do Didi e voltar a fazer filme.

O Osvaldo não gostou e achou sem graça. Já o Heron, achou divertidíssimo.
Uma coisa que todos perceberam foi a presença de animais (elefantes, macacos e leões).
Mas como filme é de 1981, as crianças chegaram a conclusão de que naquela época não haviam leis que proibiam a presença de animais no circo. De acordo com os Curumins “ainda bem que não tem mais bicho, porque eles deviam sofrer muito”.
Foi muito legal assistir o filme, rir das trapalhadas e conversar depois.
Em junho teremos mais Cine Curumim, vamos torcer para ser tão legal quanto deste mês!


Pernas para que te quero!

Atendendo aos pedidos do QUE TAL em maio fomos jogar futebol e base 4. Depois de muito protetor solar (pois apesar do friozinho o sol pode queimar) os curumins foram para o campo e mostraram todas as suas habilidades. Sobraram gols no futebol e pontos no base 4.
Ainda com muito fôlego a galerinha brincou de Nunca 3 e garrafobol. Foi muita correria, mas muito divertido. Algumas crianças deixam a dica de como brincar dessas brincadeiras:

Futebol - Leandro (10 anos)
É um esporte coletivo que se joga com o corpo todo, mas usa mais os pés para passar a bola. Não pode colocar os braços e as mãos na bola, só o goleiro. Os times têm que fazer gol, e ganha quem fizer mais. São dois times com a mesma quantidade de jogadores em cada lado.
O futebol tem três “modalidades”: futsal, society e campo.
Futsal – são cinco jogadores e o piso é diferentes dos outros, é de cimento.
Society – são sete jogadores e o piso é de grama sintética.
Campo – são 11 jogadores e o piso é grama normal.
Tipos de jogadores: goleiro, zagueiro, lateral, maio campo, centro avante, atacante e um técnico


Base 4 - Vitória dos Santos Gomes (9 anos)
Tinha 4 bases, um grupo de pessoas que jogava a bola e o outro que rebatia a bola. A pessoa que chuta a bola, vai correndo pelas bases, o outro grupo deve correr atrás da bola. Quando o grupo pega a bola tem que levar para a pessoa que está no centro - a que arremessou a bola - e essa pessoa tem que colocar a bola na linha. Quando colocar a bola na linha a pessoa que estava correndo nas bases tem que estar parada em uma, se estiver fora será queimada. O objetivo do grupo que pega a bola é eliminar todos os jogadores da outra equipe. O objetivo do grupo que chuta é passar pelas 4 bases e fazer pontos.

Nunca 3 - Vitória da Silva Porto (10 anos)
É uma brincadeira de duplas. Uma pessoa será o pega e a outra será fugitivo, os outros ficam sentados em duplas.
O fugitivo sentará quando quiser ao lado de uma dupla, e a pessoa que estiver do outro lado levanta e será o pegador, e o que era o pegador antes vira fugitivo. Mas se o pegador pegar o fugitivo eles trocam de função.


Garrafobol - Marina Eduarda Sampaio da Silva (10 anos)
Para essa brincadeira é preciso uma garrafa pet para cada pessoa. Você não pode deixar a garrafa cair se não você sai da brincadeira. Se você sair, você tem a obrigação de dar a garrafa para o próximo da fila, toda pessoa tem a mesma obrigação quando chega sua vez de novo.
Para derrubar a garrafa é preciso chutar a bola. Não tem time, é cada um por si.

Esquetes

Hoje tem marmelada? Tem sim senhor
Hoje tem palhaçada? Tem sim senhor.
E teve mesmo. Neste mês a galerinha do Curumim mostrou tudo o que aprendeu com a oficina da família Burg, com o filme dos Trapalhões e com todas as conversas e brincadeiras sobre palhaços, em pequenas esquetes (cenas) realizadas no arena.
As crianças pensaram em um tema ou sortearam algumas sugestões de situações engraçadas, escolheram as fantasias e adereços e arrasaram. Mostraram como situações simples podem se tornar muito engraçadas e fizeram todo mundo rir com as cenas mais malucas como gente querendo ir ao banheiro, uma senhora tentando dormir com filhas muito barulhentas, amigos tentando acampar, colecionadores de insetos fugindo de uma abelha gigante. Foi muito divertido!






Dança Circular

As crianças do Curumim brincaram de dançar ou dançaram brincando neste mês. A Rosi ensinou duas danças circulares bem divertidas. As duas foram com músicas do Chico Buarque, um músico muito importante na história do nosso país. A primeira foi Piruetas (aquela que fala assim: uma pirueta, duas piruetas, bravo, bravo) e a outra foi Um dia de cão, que está no cd dos Saltimbancos. Foi muito bacana aprender estes novos passos!

Oficina de Maio

Sabe os pratos nos quais colocamos bolos e doces? Aqueles de papelão redondos? As crianças do Curumim encontraram outra utilidade para eles, fizeram um molde de personagem de circo para o rosto. Como assim? É uma espécio de máscara ao contrário, no qual o rosto aparece e em volta dele fica o prato decorado.
Cada criança escolheu um artista (palhaço e mágico foram os mais escolhidos) e desenhou na bandeja, que já tinha um furo no meio que encaixava certinho no rosto. Depois, com pincel e guache o colorido foi surgindo e as molduras ficaram incríveis. Teve criança que inventou uma pintura que dava para usar dos dois lados, bastava virar a bandeja e logo aparecia outro personagem. O que não faltou foi criatividade!









Mediações de maio

As mediações de maio foram incríveis. Tivemos música, baralho, canecas, dicionário antigo, história e muito mais. Confira o que as crianças do Curumim trouxeram para o SESC!


Vitória Gomes – Trouxe uma brincadeira chamada “fantasminha”. Algumas crianças são escolhidas para segurarem os pregadores de roupa. Todas as outras, na roda, fecham os olhos. As crianças com pregadores devem colocá-los em alguma parte do corpo das pessoas que estão na roda, depois, estas deverão acertar quem foi o fantasminha que colocou o pregador nelas. Ela contou que aprendeu esta brincadeira com sua professora e que brinca muito na escola.

Calebe – Cantou uma música que aprendeu na escola para comemorar o Dia das Mães. Disse que os alunos do 2º ao 5º ano cantaram e que sua mãe ficou muito feliz. Ela também ganhou uma toalha laranja. Ele contou que gosta muito da música e que gostaria que as criançaas do Curumim cantassem para suas mães. Além de cantar, ele toca alguns instrumentos como flauta, piano e violino. O que mais gosta é a flauta e o que menos curte é o piano.

Camila – Trouxe gibis da Tuma da Mônica, dos pequenos e da Turma Jovem. Ela gosta muito de ler e já leu todos os gibis que mostrou. Os personagens que mais gosta são a Mônica e o Cebolinha. Começou a colecionar, pois seu tio tem mais de 200 revistinhas. O Enzo contou que tem um armário cheio de gibis, inclusive com edições históricas.

Enzo – Trouxe várias revistinhas da Turma da Mônica. Ele pensou em trazer isso depois da mediação da Camila, pois achou que podia mostrar outras edições de gibis. O personagem que mais gosta é o Cebolinha, o que acha mais engraçado é o Chico Bento e o que menos gosta é o Dudu, pois ele não come direito. Ele é assinante e recebe gibis todos os meses. Disse que nunca contou suas revistinhas, mas tem muitas, inclusive edições históricas (gibis bem antigos nos quais os desenhos ainda eram diferentes do que conhecemos hoje).

Felipe – Contou sobre a Copa Campinas de Futebol, categoria sub 8, no qual foi vice-campeão. Neste mesmo campeonato, ele ganhou um troféu de artilheiro do campeonato. Ele treina na escolinha do Corinthians e gosta de jogar no meio campo e como goleiro. Torce pelo Santos.

Isabela – Ensinou uma dobradura de barquinho para todas as crianças. Distribuiu o papel e mostrou passo a passo, até que todos na roda conseguissem fazer. Trouxe isso porque gosta muito de dobraduras e aprendeu esta com a professora de Arte da escola. Ainda não sabe fazer outros origamis.

Isabela Fraga – Trouxe uma flor mágica. São vários papéis coloridos colados de uma maneira que ao abrir adquire diferentes formas (chapéu de cowboy, ventilador, circo, ponte). Trouxe porque achou interessante mostrar para as crianças. Comprou na escola por R$12,00, mas vieram outras coisas, inclusive um papel explicando as diferentes possibilidades deformas (são mais de 20).

Israel – Trouxe um skate de duas rodas que ganhou de seu pai no Natal passado e fez uma pequena demonstração. Quis trazer porque gosta muito de andar e aprendeu olhando as pessoas e tentando fazer igual. Sobre os equipamentos de segurança, ele disse que usa só de vez em quando. Nunca caiu e acha que andar no skate convencional de 4 rodas, é mais difícil. Brinca na rua da casa dele que não passa muito carro.

Gabriel – Trouxe coisas que sua mãe guardou do tempo em ele era bebê. A roupinha que usou quando saiu da maternidade (ele nasceu na PUC), a primeira sandália, o primeiro dentinho que caiu, o cordão umbilical, 2 albuns repletos de histórias e o primeiro chumaço de cabelo que foi cortado. Quem escreveu no álbum foi sua mãe e ele não se lembra de quando seu primeiro dentinho de leite caiu.

Isabela Ferrari – Trouxe uma caneca que ganhou da tia em uma viagem que fizeram para Ubatuba. Contou que viu siri, tartarugas, 7 caranguejos, passeou de escuna e pulou do barco no mar. Ficou em Maranduba, no chalé de sua tia que tem uma loja de lembrancinhas que vende até pranchas. Algumas vezes foi até Caraguatatuba. Contou que gosta de surfar mas não está muito acostumadas. Não pescou e disse que tem dó quando vê o peixe morto. O que mais gostou da viagem foram os momentos de compra.

Matheus – Trouxe um baralho que ganhou do pai, depois de ganhar uma aposta. Na 1ª rodada do Campeonato Paulista, ele apostou com o pai que o Corinthians ganharia do Palmeiras. O Corinthians ganhou e ele escolheu um baralho do Nemo. Ele é corintiano e o pai pontepretano. O jogo que mais gosta é truco.

Geisa – Contou uma história chamada Carne de Língua. Esta história fala sobre um rei que se casa com uma linda moça. Ao entrar no castelo, a jovem rainha fica muito doente, não come, não bebe, mal fala. O rei fica desesperado e manda trazer todos os médicos, curandeiros e bruxas dos arredores, mas de nada adianta. Um dia, andando pelo reino viu um camponês com sua esposa, esta muito robusta, saudável, feliz. O rei indaga o camponês, e este diz que para deixar sua esposa assim, ele a alimenta com carne de língua. O rei, então, manda buscar carne de língua dos mais diversos animais e faz com que os cozinheiros do reino preparem línguas assadas, cozidas, fritas e mal passadas. A rainha prova de tudo, mas continua doente. O rei, desesperado, chega a trocar de esposa com o camponês, mas assim que a camponesa pisa no castelo fica doente como a rainha. No fim, o camponês explica que quando disse carne de língua, quis dizer que contava diferentes histórias para sua esposa. Que conversavam diariamente e que isso a mantinha saudável. O rei levou sua rainha de volta e a partir daquele dia, ela nunca mais ficou doente.
Ela disse que começou a contar história desde que entrou no Sesc, quando começou a conviver com a Rosi e com a Mara. Contou histórias com o grupo Griotes, para crianças hospitalizadas.

Guilherme – Trouxe um dicionário muito antigo, de 1958. O livro era muito grosso e as páginas estavam amareladas. Contou que pegou o dicionário na estante do avô que está cheia de objetos de quando ele era criança. Antes do avô, que utilizava o dicionário nas aulas de português, o livro pertenceu ao seu bisavô e já teve outros donos, como os tios. Ele escolheu uma palavra no dicionário: CARUSMA. Ninguém sabia o que significava e então ele leu que são as cinzas que se espalham quando assopramos o fogo.

Heron – Trouxe um DVD do Michael Jackson que seu avô lhe deu. Ele gosta bastante das músicas e sua preferida é uma em que o Michael se transforma em tigre. Disse que já conhecia o artista antes dele morrer, pois havia um cd em sua casa. Várias crianças disseram que só conheceram o Michael Jackson após sua morte. O Heron contou que também gosta do Vitor e Leo.

Fernando – Falou sobre o chimarrão. Mostrou a cuia, a bomba e a erva. Explicou como se prepara, que há um ritual para colocar a água e a erva, além de uma ordem para se tomar. Disse que no Brasil, o chimarrão é muito consumido do Rio Grande do Sul, pois é uma bebida bem quente. Falou também do Tereré, que é um “chimarrão gelado”, muito tomado no Mato Grosso do Sul, lugar em que faz muito calor. Ele começou a tomar há alguns anos, e aprendeu com um amigo que fez uma viagem para o Mato Grosso do Sul e na volta, trouxe o Tereré para ele experimentar.

Encontro de Pais

No dia 10 de maio tivemos um Encontro de Pais, e para fazer a mediação deste bate papo, tivemos a presença da pedagoga Sandra Cristina Dedeschi. Ela é mestranda em Educação na área de Psicologia Educacional, integrante do GEPEM (Grupo de Estudos e Pesquisa em Educação Moral), especialista em “Relações interpessoais na escola e a construção da autonomia moral”, “Educação e Psicopedagogia” e “Didática do Ensino Superior”.
O tema tratado foi Diversidade: a importância do respeito.
O encontro foi muito legal, pois a Sandra trouxe várias questões para pensarmos e deu muitas dicas de como auxiliar a criança na construção do autorrespeito e consequentemente do respeito pelo outro.
Um assunto bem interessante que foi levantado é a importância dos pais, responsáveis e educadores auxiliarem as crianças no processo reflexivo (com perguntas ao invés de afirmações e com a possibilidade da criança fazer escolhas e claro, arcar com as conseqüências das mesmas). Além disso, a Sandra falou que é fundamental para a criança ter o seu sentimento valorizado pelos adultos com os quais convive e também da importância do exemplo dado por eles, principalmente em suas atitudes, que são muito valorizadas pelas crianças.
Este encontro rendeu muitas reflexões referentes à educação das crianças e certamente, todos saíram do teatro pensando e repensando suas práticas cotidianas.
Em agosto teremos mais um encontro, fiquem atentos na nossa agenda.