07 julho 2011

Mediações de junho

No começo do ano as crianças ficam envergonhadas e não querem falar na roda, mas quando o tempo vai passando e eles vão percebendo o quanto é bacana mostrar para os amigos alguma coisa de seu interesse, todos querem fazer a mediação. Em junho tivemos várias coisas legais, confira!

João Victor Bovo – Trouxe vários objetos que considera importantes para ele e achou que seria interessante para os curumins. Mostrou um livro, uma planta carnívora que havia comprado naquela semana e alguns objetos que os pais trouxeram de viagens como brinquedos, bandeiras, dedais (sua mãe gostaria de começar uma coleção de dedais de vários lugares), luvas de beisebol, cuícas. Ele disse que os pais fizeram viagens a trabalho para realizar cursos e participar de congressos. Em algumas viagens, ele e a irmã foram juntos e precisaram falar em inglês e espanhol. Leu um trecho do “Livro Perigoso para Garotos” e chamou as crianças para verem os objetos.

Marjorie – Trouxe dois livros, um que falava sobre o tráfico de animais silvestres e outro que contava um pouco sobre a Amazônia. Ela contou que as pessoas tiram os animais da floresta e vendem de maneira ilegal, isso leva a extinção. Falou sobre jacaré do papo amarelo, cisne, mico leão dourado. Algumas crianças lembraram-se dos pássaros que são proibidos de se ter em casa, mas que são vendidos como, papagaio, sabiá e pássaro preto. A Vitória falou sobre seus papagaios que tem plaquinhas de autorização do IBAMA. A Marjorie disse que trouxe o livro, pois achou o assunto importante. A Rosi lembrou que o filme Rio mostra bem o assunto do tráfico de animais brasileiros.

Pedro Peng – Trouxe objetos que emitem luz: lanternas, brinquedos, chaveiros, caneta. Achou que os amigos achariam interessante. O que mais gosta é uma lanterninha azul que para acender, você precisar carregar a bateria girando uma manivela. O que ele menos gosta é da caneta. As crianças gostaram bastante de um pintinho que acendia depois de você apertar.

Marcela – Trouxe um ioiô que ganhou da amiga da avó. O brinquedo é dela e do irmão, Mateus. Ela não gosta de brincar e não sabe rodar muito bem, mas achou que a galerinha do Curumim acharia interessante. Ela escolheu este brinquedo pois esqueceu da mediação e trouxe a primeira coisa que viu. O ioiô é da Coca Cola, e o Marcelo e a Geisa disseram que tinham um desses quando eram crianças. Algumas crianças disseram saber rodar bem a até demonstraram.

Filipe – Trouxe uma corda que ganhou da sua irmã Rebeca. Ela fez um jogo, deu uma “missão” para ele, onde ele devia, a partir das dicas procurar a corda pela casa. Ele encontrou no portão. Ganhou na mesma semana e é um brinde da Coca Cola. Está aprendendo a pular e a brincadeira que mais gosta é reloginho (para brincar uma pessoa deve ficar no meio e rodar a corda, os colegas ficam ao redor, pulando. Quando a corda pegar em alguém, a pessoa deve sentar). A Rosi disse que descobriu que pular corda é uma ótima atividade física e até fez uma demonstração. Várias crianças pularam e depois todos brincaram de reloginho.

Geisa – Contou uma história chamada “ Por que as galinhas não voam”. Esta história fala sobre uma galinha que passa por vários apuros para resgatar seu filhote. No final, o Leo comentou que a moral da história é “nunca abandonar seus filhos”.

Davi – Trouxe uma bola de futebol que ganhou da tia no dia de seu aniversário. Contou que a coisa que mais gosta é futebol e a segunda é empinar pipa. Ele usa a bola para várias coisas, além de jogar futebol com seus irmãos, brinca de basquete, handebol e vôlei. Brinca sempre no seu quintal e na pracinha perto de sua casa.

Pedro Augusto – Trouxe um anel que ganhou no aniversário de sua priminha de dois anos, mas ele ganhou antes da festa, quando estava ajudando a montar os saquinhos das lembranças. Ele usa em ocasiões especiais, como festas. Já teve outros anéis diferentes e até emprestou para sua mãe sair. Disse que este anel é de cristal e quando os amigos disseram que era de plástico ele disse que era de cristal revestido de plástico e que era “muito complexo explicar o processo para os amigos”. Disse que já brincou muito de passa anel e que gosta muito. Sugeriu que todos brincassem.

Vanessa – Trouxe dois álbuns de fotos dos anos que morou no Japão, principalmente da escola onde estudava. Ela disse que as atividades que realizava lá eram muito parecidas com o que faz no Curumim. Morou lá durante 4 anos e sente muitas saudades, gostaria de voltar. As crianças queriam que ela falasse alguma coisa em japonês, mas ela estava com muita vergonha e não falou.

Agatha – Trouxe duas canetas coloridas e um caderninho de anotações. As canetas ela ganhou da mãe, uma tinha cheiro de laranja e a outra de uva. No caderninho ela desenha, escreve palavras e pensamentos. Gosta muito de desenhar pessoas. As crianças chamaram suas canetas de canetinhas e ela explicou a diferença. Canetinha é mais grossa, para escrever cartazes e pintar desenhos. Canetas servem “mais” para escrever.

Victor – Trouxe carrinhos da Hot Wheels. Ele tem uma coleção que começou com os carrinhos que seu irmão mais velho deu para ele. Ele gosta muito, principalmente de um vermelho, porém não brinca muito. Tem muitos e ficam no quarto dele. Não leva muitos amigos em casa para brincar com os carrinhos, pois o irmão, com quem ele divide quarto, não gosta.

Rafael Piccolo – Sugeriu uma brincadeira chamada Pare Bola. Todo mundo faz uma roda e vai passando uma bola, falando Pare Bola 1, 2, 3. Quando alguém deixar cair, deve o mais rápido possível pegar a bola e gritar PARE BOLA. Os outros devem se afastar da pessoa que derrubou a bola, mas quando ela gritar, todos devem ficar estátua. A pessoa que está com a bola, deve dar sete passos e tentar queimar alguém. Quem for queimado, fica uma partida fora da brincadeira. Ele contou que já brincou várias vezes e aprendeu no Curumim.

Turma dois – Conversaram sobre os medos de cada uma. Várias crianças disseram que tem medo dos pais morrerem, de morrer e de bichos. A Vanessa tem medo de uma coleção da sua avó de bonecas baianas. O Pedro tem medo de dormir sozinho e por isso sua mãe coloca um colchão antigo no quarto dela e ele dorme lá. A Annie sugeriu que ele fechasse os olhos e imaginasse que estava no quarto da mãe, assim o medo passaria. O Ângelo tem medo quando sonha com Jesus crucificado, pois tem receio que os ladrões que estão ao seu lado desçam das cruzes e roubem seu dinheiro.

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