30 setembro 2012

Mediações de Setembro

Samuel
O Samuel trouxe uma brincadeira que aprendeu com um amigo da escola.
A brincadeira chama Duro ou Mole, mas não é aquele pega pega que alguns conhecem. Nessa brincadeira as pessoas ficam em pé paradas no lugar e dependendo do comando Duro ou Mole a pessoa tem que deixar o corpo retinho (duro) ou relaxado (mole) aquele que se confunde fazendo o contrário do que foi pedido senta no meio da roda.
O Samuel foi quem ficou dando os comandos e as crianças se divertiram e ficaram bem atentas para não errar.

Juliana
Trouxe um jogo que ganhou da sua mãe chamado Cinco Marias. Contou que estava aprendendo, pois há vários níveis de dificuldade. Acha que é um jogo muito antigo, pois sua mãe brincava quando criança. A Karina (educadora) contou que é mais antigo do que ela pode imaginar, que muito antigamente os gregos jogavam com ossinhos das patas de carneiros. Algumas crianças, como o Rafael, o Moisés e a Nicoli contaram que aprenderam na escola, com a professora de Educação Física, mas que lá, eles jogaram com pedrinhas.

Alexandre
Trouxe um blay blade.
Ele gosta muito deste brinquedo e está muito atento para não perder, pois este é o quinto que ganha. Seu pai disse que se perder este não ganhará outro. As batalhas que participou foram no Curumim.

Cayari
Trouxe uma peixinha de pelúcia, a Dory do filme Procurando Nemo. Ganhou dos pais quando tinha dois anos e gosta muito dela. Ela tem vários outros bichos de pelúcia. Todas as crianças puderam ver a Dory de pertinho.

João Pedro Farias
Trouxe o notebook do pai para mostrar fotos de uma viagem que fez no início do mês. Ele foi para o SESC Bertioga com a mãe, pai e irmã. Nunca havia ido para praia e gostou muito. Achou a água muito salgada.
Gostou muito das piscinas e de um espaço com jogos e internet que há no SESC. Fez um passeio de bicicleta, mas no meio do caminho caiu um dos pedais.
Ele passou quatro dias lá e gostou muito!

11 setembro 2012

Visita da Fabiana Sugimori

Neste mês o Curumim recebeu uma visita muito bacana, Fabiana Sugimori. Ela foi atleta de natação durante muitos anos e coleciona uma quantidade enorme de medalhas, dentre elas duas de ouro e uma de bronze conquistadas em três Paralimpíadas. A Fabiana é uma pessoa muito divertida e respondeu todas as perguntas da galerinha, principalmente sobre o fato de ser cega. Veja o que rolou neste encontro.

A criançada do Curumim estava muito ansiosa com esta visita. Nos encontros anteriores os educadores conversaram com as turmas sobre quem era esta convidada e sobre o fato de ela não enxergar. Durante as conversas, todos compreenderam que uma pessoa sem a visão percebe o ambiente por meio de outros sentidos (que acabam se desenvolvendo muito mais, como audição e tato) e que a colaboração de todos era essencial para que o encontro fosse legal. As crianças ficaram preocupadas em como a Fabiana saberia quem estava perguntando, ou de como ela chegaria no SESC, além é claro: COMO ELA CONSEGUIA NADAR, mas essas perguntas ficaram guardadas para o dia do encontro.
Ao chegar no Foyer do teatro, Fabiana começou sua conversa dando algumas dicas de como as crianças podiam auxiliar uma pessoa cega.

Cegos não são surdos então não é necessário gritar para falar com eles.
Quando chegar ou sair de perto de alguém sem visão, toque levemente seu ombro para que a pessoa saiba o que está acontecendo.
Quando for guiar alguém, é importante que esta pessoa fique atrás de você, nunca na sua frente. Pessoas cegas colocam as mãos nos ombros, no cotovelo ou seguram nas mãos de seus guias.
Se você estiver em um ponto de ônibus e uma pessoa cega te pedir ajuda para pegar o ônibus certo, não esquecer de avisar caso for embora antes. A pessoa cega pode ficar lá, esperando você avisá-la por muito tempo.
A Fabiana tem uma bengala que tem rodinhas na ponta, e com ela consegue se locomover desviando de possíveis obstáculos.

Antes de começarem as perguntas, ela contou um pouquinho sobre sua vida.


Ela nasceu prematura, ou seja, ficou menos tempo na barriga da mãe dela, apenas seis meses e meio. Como nasceu muito pequenininha, ficou em uma incubadora (um bercinho para bebês prematuros) e sua retina não desenvolveu da maneira que deveria. Com o olho direito não enxerga nada e com o olho esquerdo, consegue perceber se está claro ou escuro.
Começou a nadar muito pequena, com apenas três anos e meio. Os pais colocaram todos os 4 filhos na natação porque uma vez eles fizeram uma visita a um sítio que tinha um rio. Sua irmã foi andando pela plataforma que havia sobre o rio e caiu na água, como não sabia nadar quase se afogou e um tio teve que pular para salvá-la. A mãe não queria que isso acontecesse de novo e colocou todos os filhos na natação.
Na escola aprendeu a ler e escrever pelo método braile. No começo usava uma plaquinha de metal com a qual fazia os pontinhos do braile, mas os pais puderam comprar uma máquina para ela, e tudo ficou mais fácil. Os colegas de sua sala sempre queriam ditar o que estava na lousa e ela precisou fazer uma lista, assim, cada dia era um que ajudava. Para brincar, até mesmo de futebol, os amigos seguravam sua mão e ela participava de tudo. Quando a bola era passada para ela, colocavam a bola no seu pé e diziam que podia chutar. A ajuda dos colegas fez com que crescesse de maneira saudável.
Aprendeu também a escrever com letra de forma, pois os pais faziam as letras com barbante e ela podia tocar. Com isso aprendeu os formatos das letras, entretanto, disse que sua letra é muito feia. Além das letras, os pais faziam casinhas, bolas e outras coisas, então ela sabe como são por causa destes desenhos feitos pelos pais.
Além de nadar, quando pequena fez dança rítmica, tocou flauta e piano. Brincava muito com seus irmãos e andava muito de bicicleta, coisa que gosta muito até hoje. Tem um irmão mais novo que cresceu sabendo que ela era cega, então para ele era super normal e a levava para tudo quanto é lugar e ela participava de todas as suas brincadeiras.
Começou a competir com 12 anos e em 1996, com 15 anos participou da sua primeira Paralimpíadas, em Atlanta. Sua prova é a de 50 metros nado livre. Foi um susto, pois a chamaram faltando apenas um mês para a competição.
Contou que durante a prova, estava em terceiro lugar mas enroscou o dedo na raia e caiu para sexta posição. Nas Paralimpíada seguintes nada deu errado e ela ganhou medalha de ouro em Sidney (2000) e Atenas (2004), quando bateu o recorde mundial de sua prova. Em Pequim (2008), ficou com a medalha de bronze.
Ela mostrou a medalha de ouro conquistada em 2004. As crianças ficaram entusiasmadas de verem uma medalha olímpica tão pertinho.
Além da medalha, ela mostrou o objeto utilizado para avisar os nadadores de que estão prestes a chegar no fim da piscina, o Taper. Parece uma vara de pescar com uma bolinha de tênis na ponta. Os treinadores combinam com os atletas de que quando tocá-los com o Taper, eles já sabem que estão prestes a fazer a virada para continuar a nadar ou encerrar a prova. Se isso não for bem treinado e combinado, os nadadores podem se machucar, batendo as mãos ou a cabeça.

Disse que não sabe como as pessoas sem braços ou pernas conseguem nadar, porque apesar de cada um ter sua dificuldade, sempre achamos a deficiência do outro mais complicada que a nossa.
Depois de tudo isso, começaram as perguntas.
Leonardo: Dizem que quando você pratica esporte desde criança você vai crescer bastante. Você nada desde pequena e ficou baixinha, por que?
Fabiana: É verdade, eu fiquei baixinha. Mas quando você faz esporte desde criança, você cresce mais saudável e aprende a ter disciplina.
Cayari: Como você vê horas?
Fabiana: Tem dois tipos de relógio. Tem um que é em braile e você abre ele e coloca os dedos para saber a hora. Este meu fala as horas para mim, mas este fala em japonês. Eu tive que aprender as horas em japonês para entender.
Ela mostrou paras as crianças e eles ficaram impressionados.
Nicolas: O som das letras em braile é igual as nossas letras?
Fabiana: Sim, é igual. Nós brincamos que os olhos do cego são o tato e a audição.
Gabriela (Papo Geral): Você já sofreu algum tipo de discriminação por ser cega?
Fabiana: Não que eu me lembre, só seaconteceu alguma coisa quando eu era criança.
Alexandre: Como você usa o computador?
Fabiana: Eu uso um programa chamado NVBA que lê tudo o que está escrito na tela para mim. Uso o teclado normal, pois decorei as teclas. Não sei se vocês perceberam, mas tem marquinhas nas teclas F e J. Isso me ajuda saber onde estão as outras. Não uso o mouse, mas aprendi os atalhos no teclado.
Karina: Como você aprendeu a nadar? Normalmente as pessoas olham para alguém realizando o movimento e o copiam, como você fez para aprender os movimentos da natação?
Fabiana: Para ensinar o cego tem duas maneiras: ou você toca a pessoa enquanto ela faz o movimento ou a pessoa segura em você e realiza o movimento. Foi assim que eu aprendi a nadar.
Estevam (Papo Geral): Como você identifica o dinheiro?
Fabiana: Hoje as notas novas estão com tamanhos diferentes, então fica um pouco mais fácil. Mas, normalmente eu peço para alguém de confiança arrumar as notas para mim, sempre do menor para o maior valor. Então as coloco na carteira deste modo.
Nós precisamos confiar nas pessoas, em relação a dinheiro ou a preço. Não é sempre que saímos com alguém ao nosso lado.
Júlia Santana: Como você saca dinheiro?
Fabiana: Normalmente eu vou direto no caixa, pois nas máquinas fica complicado, pois pode ter alguém por perto e eu não perceber.
Luan: No supermercado, como você compra os produtos?
Fabiana: Normalmente vou com alguém ao supermercado, mas hoje as embalagens já estão escritas em braile. Na minha casa deixo tudo organizado, de modo que saiba onde as coisas estão. Meu guarda roupa está todo organizado pelas cores. Alguém me disse e eu deixo tudo separado. Se mudar de lugar, é um problema.
Rosi: Como você sabe das cores?
Fabiana: Isso é muito difícil. Como nunca enxerguei só sei o que as pessoas me disseram. Para combinar as roupas, sei que o preto combina com tudo e que o marrom não. As pessoas dizem que fico bem de rosa, então procuro usar mais.
Luis Henrique: Já pensou em desistir da natação por conta da sua deficiência?
Fabiana: Por ser cega não, mas por conta dos treinos e das dificuldades do dia a dia sim. Eu treinava todos os dias das 8 da manhã até às 11h30min, mais uma hora e meia de musculação. Quando chegava perto das competições, treinava a tarde também. Isso sem contar os dias de chuva e frio.
Myung: Com o que você sonha à noite?
Fabiana: Sonho com as coisas que faço no dia a dia, ouço conversas e sinto toques.
Lucelina: Como você percebeu este espaço que estamos agora?
Fabiana: É difícil saber exatamente como é o espaço, mas sei que tem muitas crianças e que é um espaço fechado, com paredes.
Karina: Como foi participar de tantas Olimpíadas? Você teve patrocínio?
Fabiana: Participar de uma Paralimpíada é algo sem explicação. A competição só começava quando eu entrava no estádio. Quem vê na televisão não tem idéia. Quando você percebe aquele monte de gente, você pensa na sua trajetória, em tudo o que você deixou de fazer. Até Sidney não tinha patrocínio, meu pai que me ajudava. Depois consegui alguns patrocinadores. Mas hoje em dia as empresas têm investido mais nos atletas paralímpicos.
Rafaela: Como você não bate em outros nadadores?
Fabiana: Cada um nada na sua raia, são 8 competidores por vez, se você passar para outra raia está desclassificado.
Matheus: Acontece acidentes?
Fabiana: Se o Taper não avisar você pode se machucar, quebrar o dedo ou bater a cabeça. Para se localizar, eu nadava bem perto da raia e por isso meus dedos viviam cortados.
Mikaela: Você tem vontade de ver alguma coisa?
Fabiana: Como eu nasci assim, eu me adaptei bem. Eu sinto falta de poder dirigir.
Gabriel Carvalho: Por que você não está nestas Paralimpíadas?
Fabiana: Depois de Pequim eu parei de nadar. Como atleta eu conquistei todos os títulos que eu queria, o brasileiro, mundial, panamericano, olimpíadas e recorde.
Marcela: Como você veio?
Fabiana: Eu fiquei assistindo os Jogos e por isso não vim de ônibus, meu pai me trouxe.
Glauco: Quantos anos sua irmã tinha quando quase se afogou?
Fabiana: Cinco anos.
Agnaldo: Seu irmão foi seu treinador? Como você vê? Preto ou branco?
Fabiana: Meu irmão foi meu treinador depois de 2005 e eu nunca vi cor, eu percebo se está claro ou escuro.
Bruno: Quantas medalhas de ouro você tem?
Fabiana: Muitas, umas 30 ou 40.
Rafaela: Como você anda de ônibus?
Fabiana: Quando é um caminho que você faz sempre, você acaba se acostumando. Decora uma lombada, uma subida ou alguma referência. Quando não tem segurança de onde é direito, pede ajuda ao motorista e ao cobrador.
Ana Elisa: Você mora sozinha?
Fabiana: Não, ainda moro com meus pais.
Marcela: Você tem namorado?
Fabiana: Já namorei, mas hoje estou sem namorado.
Rodrigo Picollo: Você já pensou em competir outro esporte?
Fabiana: Não, mas gosto de andar de bicicleta.

E foi assim a visita desta atleta super importante para a história do Esporte Paralímpico brasileiro. As crianças ficaram impressionadas coma quantidade de coisas que uma pessoa cega pode fazer e perceberam que as dificuldades não devem limitar você de tentar fazer as coisas.
Quem quiser conhecer um pouco mais da Fabiana basta visitar o blog dela http://fabianasugimori.blogspot.com.br/

Também vale a pena dar uma olhada nas matérias que saíram na Folhinha, sobre como ajudar uma pessoa com deficiência visual e sobre crianças cegas praticantes de diversos esportes.

Combinados 2º semestre 2012

COMBINADOS CURUMIM – 2º SEMESTRE DE 2012

TURMA 1
RODA

A roda deveria ser sempre no ginásio, pois é maior e tem o microfone.
 
Atrasos:
 
• Atrasos de até 15 minutos, com justificativa, serão tolerados.
• Depois das 14h15, a criança que chegar atrasada ficará fora do horário livre por um período igual ao do atraso. Ex: Quem chegar às 14h20 porque estava tomando sorvete fica 20 minutos fora do Horário Livre.
• Falar com os pais caso a criança esteja se atrasando muito.

Conversas:
 
• Não fazer barulho quando outra pessoa estiver falando. Cada criança pode avisar o amigo do lado se ele estiver fazendo barulho.
• Quando um grupo de crianças estiver atrapalhando a roda, avisar 2 vezes e, caso continuem a conversar, separar o grupo na 3ª vez.• Se a conversa não parar, tirar por 10 minutos da roda.

Brinquedos:
• Se estiver com algum objeto ou brinquedo atrapalhando a roda, os educadores retiram o objeto e só entregam no fim do dia.

Mediação:

• No inicio de cada mês será realizado uma brincadeira de caça na qual todos os mediadores do mês serão escolhidos.

UNIFORME

• Cada criança recebeu um colete e uma camiseta e deve vir com um ou outro para o Curumim.
• Caso a criança perca o colete, não daremos um novo em troca de gibi.
• A criança que vier sem o colete ou a camiseta, não participará dos jogos após o lanche, deverá ficar sentada nos bancos de madeira.
• Caso a criança esquecer-se de vir com o colete ou camiseta pela segunda vez, ligaremos para os pais. Da terceira vez, ligaremos para os pais e eles terão que buscar o colete em casa e trazer para a criança OU levar a criança para casa, porque ela não poderá ficar naquele dia no Curumim. Se os pais não conseguirem fazer nem um nem outro, no próximo dia de Curumim a criança não virá. Sempre que esquecer, a criança fica sem os jogos depois do lanche.

LANCHE
• Os ajudantes entregam os lanches nas mesas.
• Pode comer assim que receber o lanche, mas precisa esperar para entregar a bandeja.
• É permitido juntar até três mesas, mas é preciso arrumá-las depois.
• Não pode: empurrar as mesas nos colegas, brincar com a comida e deixar bandejas na mesa.
• Depois de entregar as bandejas todos vão para o banheiro escovar os dentes.
• Quem tiver esquecido o kit escovação fica fora dos jogos de mesa depois do lanche.
• Os ajudantes foram escolhidos por meio de sorteio realizado no dia 21 de agosto. Foi elaborada uma lista com os nomes dos ajudantes até o final do ano. Serão 8 ajudantes por dia e quem os chama é o mediador do dia.
 
TURMA 2
RODA

• A roda só começa às 14h15. Até lá todos podem conversar.

Atrasos:

• Atrasos com justificativa serão anotados no fichário e mostrados para os pais na reunião.
• Ligar para os pais caso a criança esteja se atrasando muito.

Conversas:

• Ouvir quando outra pessoa estiver falando. Levantar a mão para falar.
• Quando alguma criança estiver atrapalhando a roda, avisar 2 vezes e na 3ª vez, mudar a criança de lugar.
• Se a conversa não parar, tirar da roda. Se mesmo fora da roda a pessoa não parar, fica fora do Horário Livre. Se a criança atrapalhar a roda freqüentemente, ligar para os pais.

Brinquedos:
 
• Se estiver com algum objeto ou brinquedo na roda depois das 14h15, os educadores pedem para guardar por 2x. Na terceira vez, retiram o objeto e só entregam no fim do dia. Se a criança trouxer brinquedos todos os dias para roda, só entregar na reunião de pais.
UNIFORME

• Cada criança recebeu um colete e uma camiseta e pode escolher vir com um ou outro para o Curumim.
• Caso a criança perca o colete, não daremos um novo em troca de gibi.
• Da primeira vez que a criança esquecer de vir com o colete, fica fora do horário livre por 15 minutos. Da segunda vez, fica 30 minutos fora do horário livre e da terceira vez, além de não participar do horário livre, os educadores ligarão para os pais.

LANCHE
 
• Os ajudantes entregam os lanches nas mesas. Serão 8 ajudantes por Lanche e escolhidos por ordem de chamada.
• Pode comer assim que receber o lanche, mas precisa esperar para entregar a bandeja.
• É permitido juntar duas mesas, mas é preciso arrumá-las depois.
• Depois de entregar as bandejas todos vão para o banheiro escovar os dentes. Não pode deixar bandejas nas mesas.
• Quem tiver esquecido o kit escovação fica fora dos jogos de mesa depois do lanche.

Destaques de Agosto

A galerinha do Curumim voltou de férias com as energias renovadas e um monte de histórias para contar. Teve gente que viajou para perto, gente que viajou pra longe, crianças que participaram da Turma de férias do SESC ou que ficaram em casa, brincando na rua, jogando vídeo game, visitando a família. Muitas crianças foram ao cinema ou passearam com os pais, mas uma coisa é certa, todo mundo descansou e voltou com tudo para mais um semestre de muitas brincadeiras e novidades.

COMBINADOS CURUMIM
Em agosto, além de todas as brincadeiras que rolaram a galerinha parou um pouco para pensar sobre alguns combinados do Curumim. Antes de tudo, discutiram um pouco sobre a importância das regras. Algumas crianças disseram que se não houvesse regras, tudo seria uma bagunça, pois cada um ia querer fazer as coisas do seu jeito. O Gabriel Carvalho disse que, mesmo não gostando de algumas regras, ele as achava importantes, pois era melhor para o grupo todo. Não foi fácil elaborar todos os combinados, pois as crianças sempre esqueciam que estes valeriam para elas próprias. Um dia, elas poderiam esquecer os coletes ou ficar agitadas durante a roda. Mas foi uma experiência importante e de bastante reflexão.
 
Veja neste post o que a galerinha sugeriu.

A SERPENTE ARCO ÍRIS

Neste mês a criançada do Curumim pode conhecer uma história australiana. Esta história conta como os aborígenes (os primeiros povos a habitarem a Austrália) acreditam que o mundo foi criado. As crianças já conheciam muitos elementos desta história e o Leo disse que o Uluru também é conhecido como o Umbigo do Mundo.

A Serpente Arco Íris

Há muito tempo, no Tempo do Sonho, os homens, as plantas e os animais ainda não existiam. A Terra era plana, imóvel e imersa na escuridão. A Serpente Arco Íris dormia profundamente, escondida no Centro da Terra. Um dia, ela acordou sobressaltada e saiu de seu esconderijo quebrando a crosta terrestre, espalhando por onde passava uma nuvem de poeira avermelhada. Ao rastejar sobre a terra, seu longo corpo ondulante criou cadeias de montanhas, escavou desfiladeiros e imensos vales profundos.

Em seguida, ela decidiu que já era tempo de criar a luz e a vida. O sol surgiu no céu para iluminar o mundo, e a lua ganhou lugar na abóboda celeste. O poder da serpente era tamanho que uma violenta chuva caiu do céu, enchendo desfiladeiros e os vales escavados por seu corpo na época de sua viagem. Assim nasceram os lagos, os rios e os mares. Os lugares por onde a serpente não havia passado se tornaram desertos e planos. Em seguida, ela começou a dar nomes a todas as criaturas que viviam no centro da Terra, e perguntou se queriam povoá-la. Primeiro ela chamou os animais: o periquito, o morcego, a ema, o equidna, o lagarto-de-gola, o coala, o canguru, o wallaby, o ornitorrinco...
Depois, foi a vez das primeiras tribos de seres humanos, os aborígenes. A serpente disse a eles:
 
_ Esse país é de vocês, e vocês não devem jamais deixá-lo. Vivam em paz com os animais, respeitem os rochedos, as árvores e a Terra inteira, pois toda criatura possui um espírito. Transmitam a sabedoria que possuem aos seus filhos e sejam protetores da Terra.

Um dia, ela passou por uma região desértica no centro da Austrália. O ar estava tão quente e a Terra tão seca que nenhum homem, nenhuma planta e nenhum animal podia sobreviver nela. A serpente pensou e decidiu plantar bem no meio do deserto uma semente gigante.
Ela achou que nasceria uma árvore gigantesca que cobriria com sua folhagem a imensa planície e cuja sombra protegeria a Terra. Uma vez ao abrigo dos raios de sol, o solo voltaria a se tornar fértil, as árvores e as flores brotariam de novo e os cangurus, os wallabys e os opossuns iriam povoar a região. “Ficará bonito como um sonho” – imaginou a serpente, encantada com a ideia. E, como por encanto, ela fez surgir a fabulosa serpente bem no meio do deserto. Em seguida, invocou ao céu para que uma chuva abundante a regasse. Mas, infelizmente, a semente era grande demais e nunca choveu o suficiente para fazê-la germinar. Com o tempo, a semente endureceu e se tornou um enorme bloco de arenito: é o Uluru, o rochedo sagrado dos aborígenes.
Quando as raras chuvas de verão caem sobre o Uluru, o rochedo fica com uma coloração cinza prata. As rãs se reúnem e a vida inteira parece suspensa nos arredores, esperando que a eclosão miraculosa tão esperada aconteça. Os anangus contam ainda, que a Serpente Arco Íris, que controla a água, fonte de vida, dorme sempre em uma bacia no topo do Uluru.

SOLTANDO A BICHARADA

Esse pega pega foi o bicho! A turma se dividiu em quatro equipes, cada uma escolheu o bicho que seria e depois fizeram sua caracterização com maquiagem. O caçador, que era o pegador da brincadeira, ficou zonzinho no meio de leões, tigres, onças e leopardos. Cooorre que o bicho vai pegar!

JOGO CARACTERÍSTICAS GRUPO
Nessa brincadeira que é uma mistura de Supertrunfo com Joquempô, o grupo escolheu os itens considerados importantes para a convivência em grupo. Os mais votados foram atenção, cooperação, amizade, carinho e respeito. Depois de escolherem os itens, cada criança fez sua cartinha e colocou a sua pontuação em cada quesito. Divididos em duas equipes fizeram a brincadeira de corrida na linha com a disputa de cartinhas. Dá-lhe corre corre!

HISTÓRIA CEGA
Além de correr a criançada do curumim adora ouvir uma história, mas dessa vez a contação foi diferente.
No escurinho do teatro cada um foi vendado e pode realmente “sentir” a história por meio de alguns estímulos que aconteceram enquanto a história era narrada. As crianças acompanharam as aventuras de Bruno, um garoto em busca de sua bola perdida e junto com ele puderam ouvir folhas secas no caminho, trovões, passarinhos na floresta, o vento e também sentir a chuva fina e até os morcegos que sobrevoaram suas cabeças. Sustos, gritos e risadas aconteceram na plateia vendada e no final todos quiseram passar pela experiência novamente.
Após a história tivemos uma conversa bem legal sobre as diferenças de quando se pode enxergar ou não, e também pudemos ouvir algumas crianças que comentaram sobre suas experiências com pessoas com deficiência visual, quanto a sua autonomia, como leem, como andam pelas ruas etc.

PASSEIO VENDADO
Para ampliar a experiência sensorial fizemos duplas para um passeio vendado. Um era o guia e o outro se deixava guiar de olhos fechados pelas dependências do SESC.
Algumas crianças acharam que os degraus tinham crescido, que as distancias ficaram maiores, tudo parecia mais longe, muitos se sentiram inseguros. Outros confiaram totalmente no guia, se divertiram e depois trocaram de papel com ele. Houve também quem não se sentisse à vontade para vivenciar essa experiência.

 

ENCONTRO COM A ODONTO
Nesse mês estamos atentos também a saúde dos dentes. Tivemos dois encontros com as dentistas da unidade que conversaram com os curumins sobre higiene bucal e fizeram brincadeiras com imagens relacionadas ao tema como, o bingo, o jogo da memória e a batata quente, que além de divertida serviu para reforçar as importantes informações.
 

No segundo encontro as dentistas entregaram os kits de escovação para cada criança e fizeram a orientação para uma escovação correta, individualmente. Agora ninguém mais tem desculpa para deixar de escovar os dentes após o lanche do curumim!
 
VÔLEI SENTADO

Este esporte surgiu em 1956 na Holanda.

Qualquer pessoa pode jogar, tanto pessoas que conseguem ficar de pé, como pessoas que, por algum motivo (acidentes ou paralisias) não conseguem. As regras são quase as mesmas do vôlei que todo mundo conhece, há poucas diferenças: a quadra é um pouco menor, a rede é mais baixa e pode bloquear o saque.
As crianças do Curumim assistiram um vídeo e ficaram impressionadas com a habilidade dos jogadores. Depois, todo mundo foi para quadra experimentar brincar sentado. Fizeram pega pega, alerta e jogaram vôlei sentados.

Perceberam que é preciso treinar bastante, pois como não estão acostumados, ficou bem difícil realizar a brincadeira.